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O QUE ENSINAR?
O processo de ensino-aprendizagem, seja ele qual for, não pode acontecer de forma aleatória, é importante que sejam seguidos determinados objetivos para a realidade de cada turma e, a partir daí, criadas estratégias e intervenções efetivas dentro daquele conteúdo.
Caso contrário, estar-se-á praticando a “pedagogia das folhinhas”, em que o professor apenas imprime atividades da internet, uma atrás da outra, sem metas e sem qualquer intencionalidade.
Importante ressaltar que o universo virtual é um excelente aliado que temos, inclusive para nos inspirar e ajudar no dia a dia de sala de aula. O erro está em fazer dessa ferramenta um “copia e cola” sem freio e sem filtro.
Sabe qual é o melhor caminho para saber o que ensinar em cada uma dessas fases? O bom e velho currículo.
Em nível nacional, temos a Base Nacional Comum Curricular (o BNCC), mas também podemos utilizar as variantes estaduais e municipais desse documento. Muitas escolas conseguem, ainda, desenvolver e pensar em um currículo próprio para o seu contexto. Nesse sentido, quanto mais específico, melhor!
No entanto, se a sua escola não possuir currículo, existe uma solução. Vale a pena utilizar alguma das outras opções mencionadas acima para conseguir um norte capaz de suprir essa lacuna interna.
Em um dos nossos posts mais salvos do Instagram, você consegue visualizar o que ensinar de acordo com as especificidades de cada ano escolar. Basta clicar aqui.
COMO ENSINAR?
Inicialmente, é fundamental que o professor tenha a consciência de que a matemática não se resume a números. Pelo contrário, ela exige dos alunos habilidades muito anteriores à contagem.
Crianças pequenas não têm a capacidade de abstração que nós adultos temos. É uma questão, inclusive, de desenvolvimento neurológico. Por isso, precisamos dar vivências para que as turmas passem a ter referências que serão utilizadas mais para frente.
Números, por si só, são formas muito abstratas e é papel do professor possibilitar a passagem do imaterial para o mundo físico. O Método Singapura traz, justamente, essa abordagem com o CPA (concreto, pictórico, abstrato).
Isso não significa que as crianças ficarão reféns do concreto, mas serão criadas estratégias para que o abstrato possa ser utilizado de forma adequada. Por exemplo: saber realizar contas mentalmente.
EXTRA: MATERIAIS INDISPENSÁVEIS
Uma coisa é fato: os dedos são o nosso primeiro material concreto e podemos utilizar esse recurso sem medo, principalmente na educação infantil.
Nos anos iniciais, os materiais não estruturados são sempre uma ótima pedida. O ideal é utilizar o nosso próprio corpo, massinha de modelar, objetos diversos e qualquer coisa que possibilite a criação de experiências únicas com a natureza.
Considere tirar proveito da corporeidade e da motricidade para produzir uma aprendizagem mais lúdica e efetiva.
Quanto aos materiais estruturados, temos como fundamentais: o material dourado, a escala cuisenaire, o ábaco e as fichas escalonadas.
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Grande abraço,
Iara Rodrigues
(Texto redigido por Iara Rodrigues e revisado por Camila Oliveira).